O intuito deste texto não é criticar a realização
das diversas atividades e oficinas realizadas no “Galpão da Baldeação”, como as de culinária, capoeira, fanfarra entre outras, mas sim alertar para uma
situação que está ocorrendo no local, a qual pode trazer riscos à saúde de
todos que trabalham, fazem atividades e ali frequentam, nos referimos à
infestação de pombos que está ocorrendo no citado prédio.
Com as oficinas e atividades, realizadas nessas condições,
há o risco real de contaminação por doenças causadas por fungos, vírus ou
bactérias que podem ser transmitidas pelas fezes das aves, e também pelo
contato com suas penas. Além de deixar uma aparência de sujeira e desleixo com
a higiene.
Os riscos vão de uma simples alergia a doenças
muito mais graves como a criptococose, que é causada pela inalação de fungos
presentes nas fezes das aves atacando o sistema respiratório, salmonelose quando ingeridos alimentos contaminados, o que acarreta diarreia vômitos e dores abdominais, podendo ainda causar meningite em casos mais sérios.
Essas são apenas algumas doenças que podem ser
transmitidas, pois pesquisadores já catalogaram mais de 70 doenças, e comparam
os pombos em meio urbano a “ratos de asas”.
Em contato com o setor de vigilância sanitária do
município, fomos informados que irão verificar a situação para que as medidas cabíveis sejam tomadas para sanar o problema.
Como mostrado nas fotos abaixo, as aves estão se abrigando e fazendo seus ninhos na parte
externa do galpão, porém a sujeira e risco de contaminação se espalha por todos os arredores.
Pombos: conheça os riscos que eles trazem para a
saúde
Os pombos são aves que vivem com facilidade nas
cidades, morando em edificações onde costumam fazer seus ninhos em telhados,
forros, caixas de ar condicionado, torres de igrejas e marquises. Causam
prejuízos por danificar as estruturas dos prédios.
Por serem simpáticos e símbolos da paz, algumas
pessoas gostam de alimentá-los com restos de comida, pão, pipocas, que são
alimentos inadequados e prejudicam a saúde dos animais, além de viciá-los.
Como dificilmente são caçados por outros animais,
sua população cresce muito rápido e o aumento de sua quantidade tornou-se um
grave problema de saúde, pois, podem causar várias doenças graves que podem
levar à morte ou deixar sequela, destacando-se:
- salmonelose: doença infecciosa provocada por bactérias. A contaminação ao homem
ocorre pela ingestão de alimentos contaminados com fezes animais;
- criptococose: doença provocada por fungos que vivem no solo, em frutas secas e cereais e nas árvores; e isolado nos excrementos de aves, principalmente pombos;
- criptococose: doença provocada por fungos que vivem no solo, em frutas secas e cereais e nas árvores; e isolado nos excrementos de aves, principalmente pombos;
- histoplasmose: doença
provocada por fungos que se proliferam nas fezes de aves e morcegos. A
contaminação ao homem ocorre pela inalação dos esporos (células reprodutoras do
fungo);
- ornitose: doença infecciosa provocada
por bactérias. A contaminação ao homem ocorre pelo contato com aves portadoras
da bactéria ou com seus dejetos;
- meningite: inflamação das membranas
que envolvem o encéfalo e a medula espinhal.
Medidas de controle:
- retirar ninhos e ovos;
- umedecer as fezes dos pombos com desinfetante antes de varrê-las;
- utilizar luvas e máscara ou pano úmido para cobrir o nariz e a boca ao fazer
a limpeza do local onde estão as fezes;
- vedar buracos ou vãos entre paredes, telhados e forros;
- colocar telas em varandas, janelas e caixas de ar condicionado;
- não deixar restos de alimentos que possam servir aos pombos, como ração de
cães e gatos;
- utilizar grampos em beirais para evitar que os pombos pousem;
- acondicionar corretamente o lixo em recipientes fechados;
- nunca alimentar os pombos.
É muito importante para nossa saúde controlar a população desses animais
na comunidade, fazendo com que eles procurem locais mais adequados para viver,
com alimentação correta e longe dos perigos das cidades. Um pombo na cidade
vive em média 4 anos, enquanto que em seu ambiente natural pode viver até 15 anos.
Fonte : Ministério da saúde Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/238_pombos.html
Por: Marco Polo Amaral
Responsável pelo Blog - Em: 16/08/2017